Saturday 20 September 2008

Happiness vs Pain


Agora tenho um buraco...aquele buraco que eu sempre pensei que nunca viria a sentir...aquele buraco que eu sei que nunca mais ser preenchido.
Even if you try you can't do it. You just can't. E nem que seja só pelo simples facto de que provavelmente nem vais ler isto.
Agora sei que me vou sentir sozinha muitas vezes. Mesmo se eu tentar agir normalmente não consigo, pelo menos para já. Não consigo ser como antes...
Eu sei que sou feliz! Eu sei que tenho várias perfeições, mas por vezes tenho tantas dúvidas, tenho tantos medos que parece que se sobrepõem a essas perfeições e as ultrapassam.
É nestas alturas que tenho medo do que vem, que tenho medo de não suportar a possível dor que vier a sentir. Que tenho medo que tudo acabe. Que toda aquela felicidade sentida se desvaneça e dê lugar a uma dor insupurtável. E eu sei que sou a primeira a dizer que não se pode viver com medo. Que se tem de viver um dia de cada vez, que não se pode parar de viver pelo medo de sofrer, mas neste momento não consigo pensar assim, não consigo sentir a mínima força dentro de mim.
E estou no auge da felicidade, sem dúvida que estou... Mas ao mesmo tempo que esse auge chegou, chegou também uma caixa de dor, uma caixa de mágoa...a caixa que representa o tal buraco que não pode ser preenchido...
I'll just keep hoping for the best a pensar nas perfeições que tenho!

Tuesday 8 July 2008

Devaneio Desabafo Desespero


São quase 5h da manhã e não consigo dormir. O desprezo que recebo, sem merecer penso eu, acaba comigo. Faz-me chegar ao limite, faz-me ultrapassá-lo, faz-me sofrer, faz-me chorar. E o pior? É não ter forças, não ter coragem para acabar com esse sofrimento, para enfrentar o desprezo. Sou fraca. Tão fraca. E parece-me tão difícil mudar isso. Sinto uma necessidade incrível de comunicar, de ter essa coragem [ou] Pelo menos de desabafar mas não posso, Há um bloqueio até ela. Define-se apenas como falta de meios e distância mas nestas alturas parece-me tão grande, tão impossível de ultrapassar! Como sempre imagino o diálogo que devia acontecer mas nunca, nunca o torno possível. Depois, claro, vem tudo ao mesmo tempo. Chega o sentimento de saudade que quase me põe doente, acompanhado do medo, onde a única coisa que me alegra é o facto de estar quase a acabar. Vem também o sentimento de culpa, de consciência pesada, de estupidez por não lutar como devia pelo meu futuro. Também me lembro de uma coisa errada mas tão boa, mantida em segredo como assim deve permanecer pelo simples facto de poder mover e modificar para pior coisas que já mal estão.
__Tantos medos. Tanta coisa oculta que devia saltar cá para fora, ganhar vida e mover vidas.__

Tuesday 3 June 2008

Onde a vida é azul


Embalada por uma música
Fecho os olhos,
Deixo-me ir
Como o barco
Que navega sobre as ondas.
Entro noutro mundo
Outro universo.
Onde a vida é azul
Tranquila e serena
Como o mar dos meus sonhos
Como a minha existência.

Tuesday 20 May 2008

Dois sentimentos distintos



Aquela bola cor-de-laranja
Lá ao fundo, a descer...
Pôr-do-sol.
Fazes-me sentir aquilo
Vontade de vê-lo contigo.


Escuro
Um toque...
Outro...
E mais.
Palavras. Decisões.
Carícias.
Vais suavemente até lá
Como a brisa do mar
E tornas real
O inimaginável.

Sunday 27 April 2008

O limite é mais longe


23.4.08

Porque é que faço sempre a mesma coisa? Porque é que depois de seis anos no mesmo, a cometer os mesmos erros eu não aprendo? Porquê??
O único destino que vejo é o castigo. É esse o objectivo? Se for eu pecebo...pode ser que assim aprenda...se é que aprenderei alguma vez...
Chamei pelo mundo. A necessidade eterna.
Tu apareceste mas foste-te embora muito depressa, não estava à espera mas não ligo... Não deste pela realidade.
Não chamei por ti, não te queria preocupar, não te queria pôr a pensar, pois já estiveste numa situação parecida. Mas eu sei, eu sei que me ajudarias.
Senti a tua falta. Não estiveste cá porque te perdi, porque cometi um erro de que me arrependo todos os dias... Sei que me terias ajudado.
Tu estiveste. Não fisicamente, não como resposta mas simplesmente com presença e desabafo, simplesmente como podias por via das circunstâncias. Sei que estarás sempre.
E tu......nem tenho palavras... Tu apareceste, ficaste, ouviste-me, ajudaste-me, amparaste-me, acordaste-me. Fizeste-me chorar de alegria, fizeste-me sorrir. Tu foste tudo e todos. Tu foste o mundo. Agradeço-te para sempre. Devo-te uma vida.
Estava mesmo, mesmo, quase no limite. Felizmente sou eu que o crio e criei-o mais longe, bem mais longe espero eu. Ainda não foi desta e espero que não venha a ser nunca.

Sunday 16 March 2008

Simplesmente único


Uns olhos tão perfeitos, azuis, penetrantes.
Uma pessoa demasiado excelente
Como sempre quis
Partilhamos palavras, sentimentos
Por vezes muito mais

Pensando ou não pensando
Continuo a caminhar
Esperando ou não esperando
Continuo a viver

Se mais nada significar
Se mais nada permanecer
Se mais nada me envolver
Amizade. Sempre.
Isso está por cima
Isso ficará
Isso vale Tudo.

O futuro dirá,
O futuro será construído.
11.3.08

Wednesday 20 February 2008

29.1.08


Encontro-me num mundo diferente. Um mundo onde nunca quis entrar. Recheado de delinquência, violência e maldade... Mas tive de entrar, apenas por amizade. Tive de entrar.
Sentia um ambiente distante de mim, do qual eu não fazia parte. Apesar dos sorrisos, leituras, palavras e pessoas simpáticas tudo me parecia negro. Tudo me parecia fazer parte daquele mundo que criei na minha cabeça, aquele mundo onde não quero entrar. Mesmo que na verdade não seja assim é a única ideia que tenho. Pode ser só a minha ignorância...acho que mais tarde virei a saber, aquela pessoa espectacular que sempre me explica tudo, mais uma vez vais estar lá para mim, sei que vai estar.
Apenas uma pessoa se destaca. Entra dentro desta sala com um ar descontraído, um ar também de não pertença. Quem me dera que nos pudéssemos aliar e quem sabe partilhar os pensamentos um com o outro. Quem sabe se não teríamos o mesmo... Ou será que afinal ele até pertence realmente ali? Quem sabe...
Tudo se resolverá, eu sei. Também sei que sou apenas uma espectadora, sei que nada tem a ver comigo mas afecta-me, apesar de tudo afecta-me.
Não gosto quando não percebo nada, quando as coisas não fazem sentido, mas talvez passe a perceber, nem que seja um bocadinho daqui a nada...espero que sim...
Mostrou-se tão reservada...tão estranho...nada habitual. Algo não estava ou está certo...ou será que é só a minha cabeça a fazer filmes? Não sei...
Tenho a mente pseudo-ocupada...muito dividida.
Ponho os phones nos ouvidos, baixo os olhos e escrevo, tento relaxar, transmitir um pouco do que vai nesta cabeça...
Tudo tem de acabar em bem! Vai acabar em bem!

Tuesday 8 January 2008

Ontem... O dia das pessoas

Entro naquele transporte que me leva quase todos os dias para o mesmo sitio, mais tarde do que o normal, consequência: mais pessoas.
Chego ao sítio onde supostamente deveria aprender alguma coisa importante e onde deveria decidir o meu futuro e parece que vejo mais uma vez um excesso anormal de pessoas...
Recebo uma notícia boa e má ao mesmo tempo... Revejo e saúdo uma amiga viajante... Falo a uma pessoa atrapalhada (será?)...
Sim...algum stress, pode-se dizer...
Uma visita secante, cómica e cultural ao mesmo tempo num sítio onde colocaram mais pessoas do que deveriam.
Um almoço calmante seguido do primeiro trabalho secante dos 365 dias que aí vêm e do 2º segmento de momentos que me deveriam instruir e ajudar a decidir o meu futuro.
Prossigo para um desporto agradável, felizmente com um número de pessoas muito bom. Mas mal acaba esse momento de relax passo outra vez a ver pessoas a mais, a empatar o caminho, a deitar palavras sem sentido para o mundo cá fora, a andarem de um lado para o outro como se não houvesse mais nada interessante para fazer.
Começo a dar em doida...
Cúmulo do dia é quando chego novamente à plataforma do transporte que me levaria a casa e deparo-me com uma multidão de pessoas insuportáveis; viajei até outro país onde me perdia no meio das pessoas por ser pequena e perdida. Não consegui captar a razão daquela concentração humana mas felizmente vi-me livre dela quando cheguei a casa.
Respirei fundo e partilhei este nada ao qual eu dei grande importância com aquela pessoa que me criou, que me educou, que me ralhou, que me ajudou, que me ouviu, que me fez chorar, que me confessou, que me abraçou, que me sorriu e que para uns é apenas esse alguém que nos trouxe ao mundo mas que para mim é muito mais do que isso, é uma vida, é uma amiga, é uma grande significância. Então, esta pessoa , mais uma vez esclareceu-me e explicou-me sem ter de dizer mais do que uma palavra.
Sim, eu sei! É só stress.
Amanhã será um dia melhor, amanhã as pessoas não me vão fazer confusão, amanhã vou gostar delas.
Ontem foi o dia das pessoas...o dia em que me irritei, o dia em que me fartei delas, um dia em que cresci.
E agora relato-o pacificamente naquele que é suposto ser o sítio onde se fecha os olhos e se entra no mundo que só é possível ser criado pelo sonhável e imaginário.